Leia seleção de reportagens publicadas no G1 com as notícias de 21 a 25 de setembro.A semana foi marcada por um triste recorde de queimadas na mata brasileira e por um discurso transmitido para todo mundo - e muito criticado por vários segmentos - em que Jair Bolsonaro culpou "índio e caboclo" pelo fogo. O filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, foi convocado a participar de uma acareação com o empresário Paulo Marinho, sobre o suposto vazamento da Operação Furna da Onça, mas ele não apareceu. Quem reapareceu foi o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que falou sobre uma inesperada reação do presidente ao ser alertado que o novo coronavírus poderia matar centenas de milhares de brasileiros. E o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) antecipou sua aposentadoria.
Recorde histórico de queimadas
Meses e anos 2.988
Os satélites registraram o que já estávamos vendo diariamente no Pantanal. Recorde histórico de queimadas registrou o número mensal mais alto de focos de incêndio desde o início da série do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998. Foram 6.048 pontos de queimadas registrados no bioma desde o dia 1º de setembro. O recorde mensal anterior era de agosto de 2005, quando houve 5.993 focos de incêndio no bioma.
Em comparação a 2019, quando setembro teve 2.887 focos detectados em 30 dias, o mesmo mês de 2020 já apresenta uma alta de 109%. O número de focos neste mês está 211% acima da média histórica do Inpe para setembro, que é de 1.944 pontos de incêndio.
Incêndios começaram em fazendas
Um estudo do Instituto Centro de Vida (ICV) mostra que os incêndios que destruíram 117 mil hectares no Pantanal de Mato Grosso começaram em cinco fazendas localizadas em Poconé, a 104 km de Cuiabá. Com 3.126 km², o município respondeu por 18% de toda a área atingida pelo fogo no estado até agosto deste ano.
Segundo o Inpe, já são mais de 1,74 milhão de hectares queimados só em Mato Grosso até o dia 13 de setembro.
E o Jornal Nacional mostrou que o fogo é traiçoeiro e volta, algumas vezes, na mesma área: é o chamado fogo subterrâneo